Em pouco mais de três meses, as transformações na Quinta da Seara, cedidas para o projecto de hortas solidárias, são visíveis e já deram frutos, avança a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) em comunicado.
Desenvolvida na sequência do projecto Ideias LeguminOHsas, que tem como parceiros fundadores a Obra D. Josefina da Fonseca e a própria CMOH, a horta solidária arrancou em Maio e, nas suas dez parcelas, têm sido plantados vários tipos de frutos e vegetais.
Nas dez parcelas de terreno, cedidas gratuitamente e devidamente equipadas com infraestruturas de apoio, há agora feijões, couves, alfaces e tomate e cebolas, entre outros produtos de cultivo biológico. É dali que os beneficiários têm retirado uma importante ajuda para a despensa de casa e para a economia familiar, como destacam.
A dedicar-se “pela primeira vez à agricultura”, António Lourenço, que partilha uma parcela de terreno com outra família, diz que está a ter bons resultados. “Tinha algum tempo livre” conta, enquanto prepara as cebolas que acabou de colher para levar para casa, e por isso decidiu abraçar este desafio que “está a correr muito bem”. “Temos aqui um conjunto de pessoas que se ajuda uns aos outros. Isso beneficia-nos no aspecto das despesas, [já não temos de ir tantas vezes] ao supermercado”, frisa este novo agricultor enquanto enumera o conjunto de produtos que já colheu na sua pequena horta.
Saber o que se está a comer é outro dos aspectos sublinhados pelos participantes, como José Santos, que alerta para o facto de ser “tudo produtos biológicos” sem recurso a curas químicas. Reformado e sem ter “onde passar o tempo”, José Santos fez o pedido e não se arrepende.
“Foi-me concedido, aproveitei e estou a gostar imenso. Tivemos uma grande quantidade de feijão, mas tenho também couves, alfaces, brócolos. Muita coisa mesmo”, acrescenta.
“As Hortas Solidárias de Oliveira do Hospital visam reforçar o apoio social às famílias mais desfavorecidas do concelho, complementar fontes de subsistência alimentar das famílias, desenvolver hábitos alimentares saudáveis, preservar práticas agrícolas com cariz biológico e tradicional”, explica a câmara oliveirense.
Pretende, ainda incentivar a requalificação ambiental de terrenos desocupados e a sensibilização ambiental e social da comunidade, potenciando as parcerias locais através da união de esforços e recursos tendentes ao apoio alimentar aos cidadãos mais desfavorecidos.