A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) defende que o investimento na Agricultura é «uma das estratégias mais eficazes para reduzir a pobreza e a fome», e alerta para o perigo de abandono do setor.
No relatório anual da organização divulgado esta quinta-feira em Roma, sob o lema «Investir na Agricultura para um futuro melhor», a FAO afirma que há cada vez menos investimento proporcional e menos percentagem da população no setor agrícola e deixa conselhos, um deles o de ter em conta as decisões dos agricultores nas políticas agrícolas dos países pobres.
Os governos de todas as regiões do mundo gastam, em média, mais em defesa do que em agricultura, tendo diminuído proporcionalmente em todo o mundo também os investimentos nos transportes e comunicações, que favoreciam o setor agrícola.
A FAO aconselha que os recursos públicos sejam usados mais eficazmente, afirmando por exemplo que é mais útil apoiar a investigação para melhorar a produtividade, e investir em caminhos rurais e na educação, do que pagar subsídios (para fertilizantes, por exemplo), adianta a Lusa.
Os subsídios «podem ser politicamente populares» mas não costumam ser a melhor forma de utilizar dinheiros públicos, e acabam por norma «nas mãos das elites rurais», diz o documento.
«O investimento na Agricultura é fundamental para promover o crescimento agrícola, reduzir a pobreza e a fome e favorecer a sustentabilidade ambiental. As regiões do mundo onde há hoje mais fome e pobreza extrema, concretamente na Ásia Meridional e na África Subsaariana, registaram uma estagnação ou diminuição dos índices de investimento por trabalhador na agricultura ao longo de três décadas», alerta o relatório. Continua aqui.
Por isso, acrescenta, para erradicar a fome nestas e noutras regiões é necessário um «aumento significativo» dos investimentos na Agricultura.
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