Os Estados Unidos têm um problema de segurança alimentar. Nos próximos cinco anos, perto de 125 mil agricultores vão reformar-se, e o País precisa de, pelo menos, 100 mil novos profissionais para ocuparem os seus lugares.
A substituição não será fácil, mas a National Young Farmers Coalition (NYFC), uma espécie Associação de Jovens Agricultores, está a preparar o terreno para os mais novos pegarem no legado dos históricos homens da terra.
Segundo explicou ao GOOD Lindsey Lusher Shute, directora-executiva da NYFC, a entidade está a fazer lobbying no Senado para reduzir em 50% o custo do programa de desenvolvimento para agricultores, ao mesmo tempo que procura financiamento para ensinar quem é novo na profissão.
Ainda que o cumprimento destas duas missões possa atrair os mais novos para o árduo trabalho do campo, não chega. É por isso que a NYFC e a associação irmã Greenhorns estão a desenvolver debates junto das populações e outras acções para gerar o interesse dos mais novos.
A Greenhorns, cuja missão é “promover, recrutar e dar apoio aos novos agricultores da América”, acabou de lançar um filme documentário e um livro sobre a complexidade da agricultora e o empreendedorismo que lhe é associado.
A associação tem também um programa de rádio que procura dar notoriedade aos desafios que há em tornar-se um agricultor, à paixão e perseverança necessárias para ser bem sucedido na profissão.
A NYFC, por seu lado, lançou um blog onde os agricultores na sua primeira ou segunda temporada de colheitas falam dos seus problemas e sucessos. O blog procura gerar a atenção de outros potenciais agricultores, mas também dos políticos. Tudo para fazer passar a mensagem de que a agricultura pode ser um estilo de vida promissor e com significado no século XXI, e não aquele duro trabalho semanal de que todos temos ideia.
“É um daqueles empregos que nos dá oportunidades intermináveis para criar uma mudança positiva enquanto ganhamos dinheiro. Como agricultores, pedem-nos todos os dias que desenvolvamos negócios sustentáveis, com directrizes ambientais e que preservem a cultura. Apesar de termos situações de stress e exaustão como outras profissões, é uma recompensa de vida incrível”, explicou Brad Halm, de 32 anos, da Seatlle Urban Farm Company.
São histórias e visões como a de Brad que a Greenhorns e a NYFC querem partilhar. “A diferença dos últimos cinco ou dez anos é que as pessoas que querem ser agricultores já não cresceram numa quinta. Não herdaram terra ou equipamento e não têm relações com a comunidade agrícola”, explica Shute.
E em Portugal, no Brasil ou Angola, o que estamos a fazer para substituir os agricultores mais velhos por outros da nova geração? Deixe-nos a sua história em info@greensavers.pt
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