sábado, 8 de junho de 2013

Pequena agricultura pode tirar mais de mil milhões de pessoas da pobreza


Apoiar os pequenos agricultores a desempenhar um papel importante na produção de alimentos e na gestão dos recursos naturais é uma das formas mais rápidas de afastar da pobreza mais de mil milhões de pessoas e garantir a sustentabilidade alimentar de uma população mundial crescente, revelaram ontem as Nações Unidas.
A maioria das 1,4 mil milhões de pessoas que vive com menos de €1 (R$ 2,7) por dia habita em áreas rurais e depende em grande parte da agricultura para a sua subsistência. Por sua vez, um número estimado de 2,5 mil milhões de pessoas estão envolvidas, a tempo inteiro ou parcial, na agricultura familiar.
Esses pequenos agricultores gerem cerca de 500 milhões de pequenas quintas e fornecem mais de 80% dos alimentos consumidos em grandes partes do mundo em desenvolvimento, em particular do sul da Ásia e da África subsariana. Esta actividade é fundamental para contribuir para a segurança alimentar e redução da pobreza.
Um estudo anterior mostrou que um aumento de 1% do PIB agrícola reduz o fosso da pobreza cinco vezes mais do que um aumento de 1% em outros sectores – especialmente entre as pessoas mais pobres. Outro estudo demonstrou que para cada aumento de 10% nos rendimentos agrícolas, há uma redução de 7% da pobreza em África e de mais de 5% na Ásia.
No entanto, a crescente fragmentação da terra, o reduzido apoio ao investimento e a marginalização dos pequenos agricultores nas políticas económicas têm dificultado o desenvolvimento desta contribuição vital para o mundo.
Um maior apoio aos pequenos agricultores vulneráveis pode ser então a resposta para uma maior segurança alimentar, protecção ambiental, desenvolvimento rural e redução da pobreza. A verdade é esta: os pequenos agricultores têm um papel fundamental a desempenhar neste processo – há-que estar desperto para isso.
 Foto: Sob licença Creative Commons

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